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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Uma vez me virei para a lua, e com lágrimas a rolar, perguntei:
“Será que vai ser sempre assim? Eu a amá-la, ela a se esconder, e eu a me odiar? Devo eu, desistir?”
Ela, com sua face tão bela, e tão brilhante, tão grande e tão sábia, sussurrou em meus pensamentos delirantes:
“Queria, minha querida, você se dispõe a amar o impossível, me deseja com afinco mesmo estando tão longe e eu não posso retribuir, você implora por aventuras que não pode completar e missões impossíveis pra você carregar, e mesmo assim não desiste, se tens a audácia de tomar para si dores que não pode suportar, porque abandonaria algo tão puro, algo tão belo?”
“Lua, e se ela negar?”
“O que será se não tentar?”
“E se ela me odiar?”
“Peça perdão, e se perdoe.”
“E se mesmo assim ela nunca mais quiser me ver?”
“Então nunca mais a veja, não só a distancia física é ruim, estão ligadas assim como nós, estão sussurrando uma para outra assim como eu sussurro a ti, mas contatos precisam ser quebrados para retornar ainda mais fortes.”
“Ou ainda mais fracos”

“Isso, querida, só a vida pode lhe dizer, e só você pode tentar.”


Esse ficou ruim, é só um esboço do que quero escrever realmente.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mais uma:


Tinha dado um tempo pra escrita, ia ignorá-la, afastá-la e me fechar pra qualquer haicai, poema, trecho ou observação. Não ia cair nas maravilhas da escrita por um mês – foi o que programei.
Bem, não deu certo, Bragi me chega com Lee novamente e ela me traz mais uma de suas maravilhosas ideias, e mesmo sem saber enredo, personagem ou qualquer coisa sobre tal estória.
Bom, não consegui negar, e agora estou de volta em menos de duas semanas após jurar a mim mesma que não escreveria, e agora estou fechada em um capítulo, sonho com ideias, me perco num enredo que nem ao menos foi criado ainda.
Sim... A escrita é meu vício, perdição, e eu não poderia querer nada melhor e nada pior, estou presa às palavras como um prisioneiro em sua cela, melhor presente que recebi.
A estória ainda não tem nem nome, mas já a amo, e com certeza daqui a uns dias já terei ela inteira na mente e poderei me jogar – agora sim – de cabeça e alma em meio as palavras e me relacionar com ela.

Até.
C


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Dia Nacional do Yaoi

Hey, hoje em vez de falar de quão bom o yaoi é, vou pegar um texto muito interessante do Blyme Yaoi, gosto de como foi colocado e apesar de meu anime favorito estar na lista dos contra eu sou a favor do texto, aí está, é grandinho mas vale a pena!.

Cultura do Estupro



Desenho: Kurama
Texto: Yuu

Versão em Inglês: http://kurama-chan.deviantart.com/art/No-to-rape-420598647

Olá! Você gosta de BL? Ótimo!
Você já parou para pensar sobre a cultura do estupro?
O que é isso? Oh, deixe-me começar explicando, então.
Claro que todo mundo sabe o que estupro é, mas temo que a maioria das pessoas não compreende o quão horrível, terrível isso é, especialmente porque histórias mostram-no como algo trivial, ou mesmo louvável, ou apenas uma expressão de amor.
Então eu tenho novidades para você: não é nada disso.
E você sabe por que a maioria das pessoas acha que está tudo bem estuprar alguém? Porque é demonstrado assim para nós em todos os tipos de mídia.
A cultura do estupro é basicamente o que as pessoas criam quando fazem o ato soar como algo rotineiro, comum, quando não é. É um crime grave e deixa profundas cicatrizes psicológicas que levam anos, décadas para se curar. Mas é claro que você vai pensar dessa forma quando estupro é esfregado na sua cara diariamente como se fosse o novo e delicioso prato de um restaurante fast food. E é exatamente por isso que escrevo esse texto agora.
Então, você acha que eu estou exagerando? Que estupro não é tão horrível quando as pessoas fazem parecer, já que é basicamente “só” sexo forçado, certo? E é impossível sexo ser algo ruim.
Bem, começarei dizendo que pessoas que lutam contra isso não consideram estupro sexo, ao menos não para a vítima. Vamos começar do começo: sim, é ruim. Na verdade é pior do que você pode imaginar. Começando pelo cenário estereótipo do estranho na rua: é aterrorizante que alguém tenha forças para fazer o que quiser com seu corpo.
Há pouco tempo, em nosso país, houve um caso de duas garotas que gostavam muito de uma certa banda e, quando foram pedir autógrafos, foram estupradas. Claro que muita gente ficou revoltada e foi para as ruas, tentando fazê-los pagar com justiça. Essas pessoas estavam em frente ao tribunal fazendo barulho e essa senhora se aproxima e diz “Oh, por que fazem isso? Claro que o que eles fizeram foi errado, mas são bons garotos e estão arrependidos”. A mulher com quem ela estava falando a olhou, respirou fundo e respondeu: Não, eles não são bons garotos e eles não se arrependeram. A senhora sabe o que aconteceu? Uma dessas garotas teve as roupas arrancadas e foi violentamente penetrada por homens, em turnos. Enquanto ela sangrava, chorava e gritava por socorro, outro homem entrava enfiar-lhe o pênis na boca e ela era socada. Enquanto isso, a outra garota sofria o mesmo horror no banheiro.
Ainda não entende?
Enquanto toma banho, você á acidentalmente arranhou suas partes íntimas enquanto as limpava? Isso vale tanto para homens quanto para mulheres. Dói, não é? Agora imagine alguém fazendo isso com você sem parar, não importando o quando você grite e diga que dói. É isso o que acontece. Não é legal, dói. E fere mais a alma do que a carne.
Agora, todo mundo sabe, ou pelo menos deveria, sobre como mulheres são tratadas pela mídia como mercadoria e objetos feitos para dar prazer aos seus parceiros homens, certo? Sempre são retratadas dessa forma onde quer que se veja, de TV a revistas e mangás shoujo, e é aqui que volto para meu ponto de partida.
Você sabe por que o BL foi criado? Foi uma forma de revolta contra a cultura sexista da sociedade. Especialmente no Japão, mulheres nunca se consideraram iguais aos homens, então, colocando-se no lugar do “uke”, elas conseguiriam entender como seria fazer parte de uma relação equilibrada. Bom, certo? Errado, muito, muito errado! Porque a maioria dos elementos de mangás shoujo também foram passados para o BL, incluindo estupro.
Eu te peço, por favor, pense comigo, pense bastante. Quantos BLs você conhece que mostram alguém sendo estuprado de alguma forma? E quantos você conhece em que isso não acontece de forma alguma? Entende onde quero chegar?
O que me deixa mais triste é que mesmo boas histórias que não possuíam necessidade alguma de estupro, o tem. Mesmo alguns dos meus personagens preferidos, como Morinaga de Kousuru Boukun acabam estuprando seus parceiros e isso me faz penas “oh, céus, por quê” sem parar. E nem quero começar a falar sobre histórias como Viewfinder ou Okane ga Nai. Isso realmente, honestamente me faz perguntar se há algo de errado com as mentes dos mangakas se eles não conseguem criar uma boa história de amor sem estupro.
Você sabe o que é pior do que mangás BL? Jogos BL. Joguei e/ou conheço as histórias de muitos deles e não conheço um, um, pelos céus, que não possua estupro em algum momento. Por favor, mesmo meu preferido de todos, DMMd, possui uma rota cheia disso. Muito obrigada, Mink (feat. Virus & Trip). Sei que acabei de dizer isso, mas realmente me faz perguntar o que há de errado com as pessoas. Você acha que todos os gays estupram? Ou você realmente acha que estupro é a mais sublime forma de expressar seu amor? Fico triste em como isso é visto como um tipo de fetiche, ou que não há problema em ser estuprado contanto que se ame seu agressor. Pois há. Não quer dizer não independente da relação que se tem com a pessoa.
Não estou dizendo que uma história não possa ter estupro, mas é preciso aprender a diferenciar aquelas que o mostram como fetiche, algo bom, e aquelas que o fazem como forma de crítica. J no Subete, por exemplo, tem algumas das cenas de estupro mais chocantes que já vi, mas de forma alguma elas são mostradas como algo bom que culminam num relacionamento romântico.
E, por favor, não ache que o personagem possui um bom motivo para isso. Nunca há um bom motivo para isso. E daí se ele possui uma história triste onde sua família foi morta e queimada e ele é muito sozinho e... Bem, se fosse na vida real, esses motivos não o absolveriam em julgamento, certo? Eles não te fariam sentir pena dele ou pensar não haver problema com suas ações só porque ele só precisava de amor, fariam? Se você acha que fariam, então eu preciso perguntar novamente o que há de errado com as pessoas.
Não importa o quão triste sua história seja ou o quanto ele sofreu, isso simplesmente não justifica fazer outro ser humano sofrer tanto, nunca.
Um dos fatores mais preocupantes é como cenas de estupro não são vistas como estupro, porque, para eles, isso é algo que só acontece num beco escuro, tarde da noite, quando se está sozinho e um desconhecido bêbado te ataca. Grande equívoco. Eu falei do Morinaga antes, então vamos começar por ele, ok? Não importa o quanto esse personagem seja adorável e ame sinceramente seu veterano, ou que esse sentimento seja muito antigo... Tirar vantagem de uma pessoa drogada é um grande, negrito, letras maiúsculas, não. Isso é estupro. Sim, é estupro, mesmo que você o ame, mesmo que seja adorável, mesmo que tenha tomado cuidado para não feri-lo. Ainda é estupro. Porque Tatsumi nunca consentiu o ato.
Isso me causa sentimentos ambivalentes, na verdade. Por um lado, adoro esse personagem e quero que seja feliz. Por outro, estou cansada de histórias mostrando o agressor como uma boa pessoa que só perdeu a cabeça porque ama muito o outro. Falando sério, isso não é amor. E não digo isso porque possuo óculos cor de rosa que me fazem enxergar amor como algo utopicamente lindo, mas porque aceitar o direito de alguém dizer não é apenas o mínimo de decência que se pode ter.
Então, pessoal, do fundo do meu coração, parem de apoiar isso. Não é amor, não é legal e está fazendo vocês perderem parte de sua humanidade, pouco a pouco.
Deixarei aqui alguns BLs que vão contra a cultura do estupro, espero que gostem.

Não possuem estupro:
Aishiteru
Konbini-kun
Haru wo daiteita
Mazu wa, Hitokuchi
Naifu
Saint Beast
Rutta To Kodama
Seven Days
Super Lovers
Wild Adapter
Wild Rock
Yatteraneeze
Yubisaki no Koi
- Machina Angelus
- Lucky Number 13
- Second Life
- Shachou to Hisho Ai no Shoumei
- Shijou Senyuuritsu
- 1-en no Otoko
- Mata Ashita
- Shinnyuu Kinshi no Koi
- Rental Lover
- Ouji Hiroimashita
- Kamisama ga Yadoru Kotoba
- Stalemate
- Nekasenaide
- Sukite Iwasete
- Familiar
- Koi wa Koi o Shiru
- Recipe no Oujisama
- Tonari ni Kimi no Nukumori wo
- Seinen wa Ai o Kou

Mostram estupro como forma de crítica:
J no Subete


Tomei a liberdade de pegar o texto, mas os créditos estão aí de qualquer forma, sou fan do Blyme Yaoi e me dei a autorização de pegar ele, desculpe Blyme Yaoi

Site da Blyme Yaoi

Espero que os fans de yaoi tenham curtido muito hoje
Até
C.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Saudades

Hoje me deitei mais cedo
Mas não pra pensar em você
Mas isso não é um segredo
Você não faz mais meu peito doer

Ao fechar os olhos
Imaginei séries de fantasias
Me perco ironias
De pesadelos meus

Ao levantar me entristeço
Pois acabo de dizer adeus
Pouco a pouco também desapareço
Por lembrar dos olhos teus

Teus? Teu quem?
Quem será o dono dos olhos belos
Olhos tais que me seguem
Com tão grande zelo

Uma vez lhe chamei de mamãe
Outras lhe chamei pelo nome
Hoje me perco em pronomes
Pro meu peito não mais doer

Desculpe, desculpe se lhe fiz sofrer
Mas hoje, só hoje mamãe
Me permito chorar
E lamuriar

Os erros que provoquei
De você não vou desapegar
Mas também não vou ignorar
Que a você me apeguei.