Uma vez me virei para a lua, e com
lágrimas a rolar, perguntei:
“Será que vai ser sempre assim? Eu
a amá-la, ela a se esconder, e eu a me odiar? Devo eu, desistir?”
Ela, com sua face tão bela, e tão
brilhante, tão grande e tão sábia, sussurrou em meus pensamentos
delirantes:
“Queria, minha querida, você se
dispõe a amar o impossível, me deseja com afinco mesmo estando tão
longe e eu não posso retribuir, você implora por aventuras que não
pode completar e missões impossíveis pra você carregar, e mesmo
assim não desiste, se tens a audácia de tomar para si dores que não
pode suportar, porque abandonaria algo tão puro, algo tão belo?”
“Lua, e se ela negar?”
“O que será se não tentar?”
“E se ela me odiar?”
“Peça perdão, e se perdoe.”
“E se mesmo assim ela nunca mais
quiser me ver?”
“Então nunca mais a veja, não só a
distancia física é ruim, estão ligadas assim como nós, estão
sussurrando uma para outra assim como eu sussurro a ti, mas contatos
precisam ser quebrados para retornar ainda mais fortes.”
“Ou ainda mais fracos”
“Isso, querida, só a vida pode lhe
dizer, e só você pode tentar.”
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